Acredito muito no título desta
postagem, do prussiano Nietzsche, em seu livro ainda mais controvertido e,
infelizmente, incompreendido: O
Anticristo. Mas esta postagem não é sobre o livro, mas sobre "eu"
mesmo, sem falsa arrogância. As vezes acho que sou um alienígena numa terra
estranha, um "estranho no ninho",
se me compreende.
Vou constantemente a Sorocaba visitar
minha filha e nunca recebi nenhuma "buzinada" no transito de lá,
ninguém me xingando de barbeiro ou coisa assim. Mas chego aqui em Itapeva e
paro num semáforo vermelho respeitando a legislação, e o camarada atrás de mim
grita a plenos pulmões: "Vamos lá, parceiro, anda"!
Meu Canal no Youtube tem mais de
600 postagens de videos, algumas, para minha felicidade, chegam a ter 160 mil
visitas, mas para minha surpresa e desencanto, recebo poucos elogios, mesmo nos
videos mais visitados, em contrapartida, reclamações, indignações, xingamentos
e similares, ahhh...isto é uma constante.
Sou professor há anos, cheguei a
fazer 2 faculdades incompletas(Administração, Direito) e uma completa(História),
além de pós graduação para curso superior, mas, ainda hoje vejo e escuto pais
duvidando de minha pedagogia, mesmo tendo 20 anos como educador.
Sou casado, tenho filhos e
esposa, que amo de coração e acredito dedicar bastante tempo para eles. E
leciono com carga completa na instituição que ministro minhas aulas, mas, ainda
hoje escuto pérolas de pessoas(inclusive professores) que dizem não ter tempo
para leituras. Eu leio aproximadamente um livro por semana, quando não mais.
Sou um alienígena, só pode ser,
um pária de uma sociedade póstuma, de um tempo inexistente e fictício, surreal
como um quadro de Van Gogh. Sou um Girassol, só pode!
Porque postergamos nossas
felicidades para depois, para tempos indefinidos num futuro improvável e mais
que distante? O quê há conosco?
Não encontro muitos pares nesta
minha existência social, então, concluo que sou eu o equívoco social, que
prioriza a felicidade conjugal a vontade egocêntrica do meu ser. Sou um Nietscheriano(se
é que existe essa terminologia) por natureza, sou contestador dos equívocos das
verdades absolutas.
Vivo da felicidade e não dos sons
de meus centavos monetários, não de meus consumos desenfreados ou das marcas
enlatadas. Sou um leitor da vida, um homem das antigas e dos valores morais.
Estou morto? Estou vivo? Acho que
nasci póstumo desta realidade!
Professor Samir leciona
História(não Matemática) e acha que Nietzsche é o "Cara"!