É utópico esse título, claro, não
há uma solução, talvez a grosso-modo sejam necessárias uma somatória de
soluções. A começar por definir o que é terrorismo, e diferenciá-lo claramente
de atos terroristas ou atos de guerra. Mas uma definição não é coisa fácil,
envolve política, psicologia, religiosidade, economia, entre outras coisas
mais. Ela depende de fatores complexos que podem, se não analisados com
cuidado, colocar todos como possíveis terroristas. É preciso compreender as
motivações por trás desses atos, e principalmente os estopins que ocasionam seu
ressurgimentos. Analisar de forma globalizada a intervenção social e política
dos países capitalistas nos países islâmicos, e principalmente, os interesses
de alguns países como os EUA, Inglaterra, França entre outros, na intervenção
nas doutrinas dos invadidos. Dar a culpabilidade devida ao criador do
terrorismo, mostrar seus financiadores e principalmente, fazer a devida
associação de culpabilidade de todos os possíveis crimes que não são chamados,
por conveniência, de terrorismo para não comprometerem os poderosos capitalistas.
Num mundo tão heterogêneo
socialmente, é necessário demonstrar a homogeneidade da família capitalista com
a islâmica, hinduísta ou judaica, para que todos entendam que são maiores as semelhanças
que as diferenças, e que a dor dos atos, sejam de guerra ou de terrorismos, são
intensos em qualquer sociedade.
Está claro, a cada dia, que as
políticas internacionais de combate ao terrorismo não estão conseguindo atingir
seus objetivos, e talvez nunca consigam se não analisarem e contextualizarem a
política ideológica por trás de ambos os lados.
Há muitos tipos de terrorismo
disfarçados no mundo, mascarados como ação social, ação de guerra ou ação
econômica. De muitas maneiras são possíveis destruir a cultura e a vida de uma
nação, e nem sempre é necessário armas de guerra para isso. O descaso com a
vida alheia não é privilégio dos fundamentalistas, é um mal de toda sociedade
mundial globalizada, que só consegue analisar tudo e todos de forma imediatista, micro
cósmico, sem na verdade entender que somos "um", somos o planeta!
Samir Lahoud é professor de
História, e pacifista por natureza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário