A tolerância está cada vez mais
distante da vida humana, das ideologias sociais, e pior, da própria família.
Não respeitamos os diferentes, sejam eles quem forem, estamos acuados perante
uma ideologia de "ter" antes de "ser", na qual o caráter
torna-se dúbio quando colocado no olhar racional. Racionalidade está em
"falta", mas as pretensas verdades juvenis estão em alta, com garotos
cheios de certezas num mundo adulto, colocando a massa de intelectuais em suas
mãos smartphonicas (não sei se existe esta palavra, acho que criei agora),
digitando mil palavras por minutos, mas refletindo no máximo cinco destas por
hora. A tolerância é algo velho, ultrapassado, de se jogar fora, pois a
ditadura do "ter" não aceita conceitos filosóficos para suas vidas: Nietzsche
está morto, Platão enterrado e Ariano Suassuna é um especial de TV. A
tolerância está falida, onde garotos podem votar com 16 anos mas não podem
assumir responsabilidades por furtos e assassinatos...onde em instituições
educacionais o professor é colocado em dúvidas sobre seu "sermão",
mas é aceito toda a palavra do jovem aprendiz do "ter" antes do
"ser".
Tolerância, palavra possivelmente
em extinção na língua portuguesa, talvez em todas as línguas. Temos Árabes
contra Judeus, Judeus contra Ateus, e sangue sendo jorrado não mais num Domingo
Sangrento, mas em semanas sangrentas e assustadoras. Não temos mais religiões
plenamente espirituais, somos partidários de ideologias que mesclam fanatismo e
obediência cega, e estamos fadados a uma futura comunidade ateísta...estamos
fadados a nossa própria Liberdade. Lembrei-me de Victor Hugo, que num momento
de extrema racionalidade disse: "A TOLERÂNCIA É A MELHOR DAS
RELIGIÕES"!
(Prof. Samir Lahoud leciona
História e Filosofia, e claro, acredita plenamente na Tolerância)
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