quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O MEDO


O medo é uma ferramenta usada há séculos como instrumento guia de déspotas e absolutistas. A humanidade sucumbi ao terror do sentir medo desde eras medievais e apesar da modernidade cultural, ainda somos sujeitos dos pavores supostamente ocultos. É engraçado que ainda hoje, em plena era da informação e tecnologia, haja pessoas que temam zumbis, vampiros (não aquelas coisinhas brilhantes de Crepúsculo) e o mais "gore" de todos: o endemoniado. Acho que o auge desses medos floresceu com o filme O Exorcista, da década de 70. Quantos filmes, livros, revistas e quadrinhos usaram de inspiração uma jovem possuída por um demônio. É bem verdade que ultimamente há muita porcaria cinematográfica e editorial sobre o assunto, mas é inquestionável que o "Demônio", ou melhor o medo, nunca esteve em tão alta popularidade como hoje. Basta ver as capas de CDs de Heavy Metal, os romances de bruxos e vampiros que assolam as livrarias com seu monstros guiados por entidades demoníacas. Sem falar de séries de TV que se apóiam nos temores sobrenaturais para atingirem sucessos no ibope. Interessante e controvertido!
Mas como sou nostálgico fico imaginando se alguém dessa nova geração já leu realmente Drácula, de Bram Stoker, o Frankenstein de Mary Shelley, ou mesmo o "O Médico e o Monstro" de Robert  Louis Stevenson. Creio que não a julgar pelo Cross-dressing de Crepúsculo.
Acredito realmente que quando se tem apenas 10 anos um livro como crepúsculo deve parecer genial, mas aos vinte ou mais é quase ofensivo ler algo tão enfadonho e desestruturando literalmente, que não busca fontes de pesquisa alguma para criar suas personagens que estão no imaginário popular há séculos. E pior, por mais que você explique para essa nova geração, é impossível fazê-los lerem algo mais estruturado em termos lingüísticos e intelectual como um livro "O Exorcista de William Peter Blatty", que narra assustadoramente(veja bem, é mais assustador ler esse livro que assistir qualquer filme atual) o dia a dia de uma menina possuída pelo Diabo.
Estamos em uma era onde vampiros brilham na luz do sol, como "Drag queens", lobisomens depilados, bruxinhos bondosos e claro, onde demônios são super heróis (vulgo Hellboy).
Ai-ai, que saudades dos sustos cinematográficos das décadas anteriores. Dá-lhe Christopher Lee.


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