Qual a veracidade da história
oral? Como confiar na palavra "não escrita", transmitida por gerações
através da teatralidade familiar ou grupos religiosos, dogmáticos e esperançosos
de aceitação? Seu Pai ou sua Mãe devem ter contado milhares de histórias sobre
suas famílias, numa visão simplista de observadores, ou ainda, de reprodutores
de eventos que não presenciaram, mas quê juram que "foi assim mesmo".
A história, leitores, também sofre em partes desta temível oralidade, de
partidarismo e tendências pessoais, que buscam recontar a verdade em sua
interpretações particulares, onde o erro sempre é dos outros, e somente deles.
No Brasil temos, infelizmente, vários partidos políticos que usam deste
maquiavélico procedimento para justificar seus meios, através de uma história
fantasiada de verdade absoluta. É preciso, sempre, contextualizar os fatos,
procurar fontes fidedignas, escutar os opositores para então, e somente assim,
tomar partido em algum evento importante.
Muito se fala da diminuição da
maioridade penal, e muitos jornalistas "decadentes" e
"fantasiosos" usam de suas carismáticas presenças para tentar,
através da falta total de estudo de caso, incentivar uma sociedade carente de
educação a não aceitar ou aceitar a diminuição da maioridade penal. Não buscam
informações mundiais, resultados universais, mas apenas expõem suas convicções
cheias de "obviedades" pessoais, para afirmar sua palavras cheias de
equívocos e carentes de fontes primárias.
Não se deve julgar fatos que não
entendemos, nem mesmo seria útil para a finalidade exposta que indivíduos,
carregados de pré-conceitos, impedissem o caminhar da boa resolução judicial,
através da competência de homens que estudam e vivem o problema, direta ou
indiretamente.
A Televisão e o Rádio às vezes
fazem um desserviço social, abrindo espaço para comentaristas de auditório
expor suas palavras modernistas, mas cheias de erros crassos sobre justiça e
comportamento social, sem jurisprudência, e pior, analisando fenômenos de
extrema importância para uma sociedade sadia e seu futuro, através de uma ótica
decadente de apresentador funesto e irresponsável.
Muitos destes hipnotizadores de
platéias decadentes perguntam se não seria pior a diminuição da maioridade
penal, mas poucos perguntam se há dados estatísticos de melhorias sociais pelo
mundo afora, quando tais procedimentos são aceitos. Alguns, mais oportunistas,
ainda teimam em dizer que diminuindo a maioridade penal só iria provocar o
aliciamento de crianças mais jovens ainda, para o mundo da violência. Esqueceram
estes indivíduos que a sociedade precisa e necessita de penalidades reais para
um mundo real? A questão não é evitar futuros roubos ou assassinatos, mas sim penalizar
o indivíduo insociável pelos crimes que cometeu, e livrar a sociedade
trabalhadora e honesta de um marginal de grande periculosidade, que pode e
continuará agindo para satisfazer seus ideais. Não cabe a a apresentadores de
TV julgar o quê é correto ou errado, mas sim aos homens da lei, juristas e
sobre muitos aspectos, a própria sociedade interferir nessa resolução, pois ela
é a maior interessada.
Para não ir preso basta não cometer
crimes, simples assim! Claro, é preciso mudar muitas coisas para diminuir a
violência urbana, mas um bom começo é penalizar corretamente os crimes,
principalmente os hediondos, senão, onde poupam os lobos, sucumbem às ovelhas.
(Professor Samir
leciona
História e Filosofia, e é a favor de criminosos na cadeia.)